quarta-feira, janeiro 16, 2008

Olha, olha...



Aqui está uma imagem que tinha feito para o Expresso há uma porção de tempo e se bem me lembro não chegou a sair (se calhar estou enganado). Foi mais ou menos por esta altura o início de uma longa luta por fazer melhores retratos, luta essa aliás que está longe de terminar (ainda mal começou).
Esta sessão foi catastrófica (era uma entrevista). A luz ambiente era pouquíssima e feia, umas lâmpadas pindéricas no tecto e a janela não ajudava porque já estava a anoitecer. O fundo era um horror, aquela madeira sem interesse nenhum que nem é suficientemente lisa nem neutra, nem clara nem escura por mais que se dê voltas, o flash deixa sempre lá uma sombra. O tecto era baixo quanto baste, o que é bom, mas para além de não ser branco, tinha umas barras em espelho que faziam uns reflexos horrorosos quando o tentava usar para rebater o flash.
Eu, otário, não levei o tripé para o flash (foi a última vez que caí nessa!) pelo que para usar o flash fora da máquina tinha de o deixar no chão ou em cima da mesita de apoio. (Eu achei que ia ter algum armário ou móvel para pousar o flash, por isso é que não levei o tripé, mas a sala era totalmente desprovida de móveis, com excepção dos sofás e da mesita de apoio.)
Esta foto foi feita com o flash em cima da mesa de apoio (baixa), por isso é que as sombras se projectam para cima, nomeadamente nas costas do sofá. Para aproveitar alguma coisa da luz ambiente pus o gel laranja no flash e o WB da máquina para tungsténio. O resultado é esta bela coisa. (Pelos vistos ainda entrava alguma luz da janela, à esquerda.)

Mais uma notinha: é fixe a foto vir atribuída. Muitas vezes estas fotos que já estão em arquivo, quando são usadas na edição online acabam por vir sem crédito. Evolução ou sorte?

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