quarta-feira, março 11, 2009

#sit (1/2)*

Se te identificares com alguma das afirmações que se seguem, ignora este post.
. Não faço ideia o que é isso do "Twitter".
. Já ouvi falar do "Twitter" mas não tenho tempo para brincadeiras.
. Não sei que história é essa da "Sit Down Comedy" no Twitter.
. #sit? wtf?!...

Pronto. Agora que já estamos só nós, aqui vão algumas observações sobre o primeiro espectáculo de "Sit Down Comedy" do Twitter.

O #sit foi quase tão confuso como eu tinha imaginado. Uma algazarra em que ninguém se entendeu durante um bom bocado. Ainda assim, foi um excelente retrato da nossa sociedade e, IMHO, do Twitter presente e futuro.

Da nossa sociedade: um número generoso de bem-intencionados, com a sua capacidade de fazer coisas seriamente posta em causa por uns quantos bardamerdas apostados em avacalhar. Uma esmagadora maioria de espectadores "eu-não-sou-de-cá-só-vim-ver-a-bola", mas danados para o bota-abaixismo. Porque quando se diz mal não se tem que provar nada. Fazer algo construtivo, isso sim, é mais difícil. Quem o faz (ou tenta) expõe-se ao ridículo caso a coisa corra mal, o que manifestamente é algo para que muito boa gente não tem "cojones".

Do Twitter presente: o "hype" que se gerou foi tal que todos se ligaram, muitos sem saber bem porquê nem para quê e a incontinência verbal atingiu proporções bíblicas, bem antes da hora marcada. Basicamente estava tudo em pulgas e a concorrência desleal do Bayern-Sporting também não ajudou nada. O #sit era o sítio para se estar e todos queriam ter alguma coisa para dizer. Muito poucos estavam interessados em ouvir.

Do Twitter futuro: depois de passar a "tusa" inicial, ficaram os que estavam interessados em ver no que a coisa dava, com os spammers e outros bardamerdas já vencidos pelo cansaço. Imagino que muitos participantes da leva inicial, que até teriam potencial para participar de forma positiva, tenham sido afugentados pela avalanche incontrolável de twits. Para os menos experientes no Twitter, de certeza que isso aconteceu.

Na verdade não sei como se pode evitar a participação dos spammers/bardamerdas. Aliás, acho que não se pode. Ou a coisa é aberta a todos, ou é tipo "clube do Bolinha" e então mais vale cada um escrever no seu blogue e fica cada um na sua. Ainda ando a pensar nisto.

Ao contrário daquilo que parece ser a opinião dominante, eu acho que o streaming de vídeo da IOL ajudou bués, porque a avalanche de tweets a dada altura era de tal ordem que ajudava ouvir aqueles dois cromos a dar avisos à navegação de viva voz. Pela parte que me toca, a tecnologia funcionou lindamente: video, search, grid, essas coisas todas.

Ao nível do humor propriamente dito, houve coisas muito boas (vocês sabem quem são) e manifestamente sporting a mais. Mas foi preciso cavar em tanta palha para chegar à chicha que não consigo levar a mal quem tenha por lá passado e dito que aquilo não teve a mínima piada.

Parabéns à organização. "Mad props", como dizem os cromos da informática.
Ao contrário dos que muitos estão a dizer por aí, acho que foi "as good as it gets".
Afinal de contas, o #sit conseguiu passar à frente do Chuck Norris. Foi um tsunami de tweets!

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* esqueci-me de avisar que ia ser um post longo

2 comentários:

Luís Flôres disse...

tens fotografias?

onitsuaf disse...

eu avisei para ignorar o post caso não percebessem do que se estava a falar aqui...

o #sit foi um evento online.
basicamente foi uma noitada sentado ao computador, a injectar piadolas na rede ao mesmo tempo que algumas centenas de outros caramelos faziam o mesmo, nos seus próprios lares.
nada fotografável, portanto.