Uns diazitos a ver a passarada em Espanha. O parque de Doñana situa-se no sul da Andaluzia, algures entre Huelva, Sevilha e Cádiz e é uma das zonas húmidas mais importantes do mundo. Até é património da UNESCO e tudo. (Para quem não está familiarizado com isto das aves, dizer "zona húmida importante" equivale a dizer que tem um património importante de avifauna.)


Apesar do muito frio (em Lisboa estava prestes a nevar...), o céu estava praticamente limpo e não havia vento. A paz era total e os galeirões faziam a sua vidinha tranquilamente.



A nossa Reserva Natural do Estuário do Tejo também é muito rica em "passarada", mas comparada com Doñana é uma espécie de uma mercearia ao pé de uma grande superfície. O perímetro do parque é fechado e as condições são mesmo outra coisa. Há imensas cabanas-observatório nos vários pontos, para que a observação se faça em paz: para os observadores e para os observados.


Garça-branca-grande (Egretta alba). Para todos os efeitos é uma espécie rara. Ao longo do dia vimos uma quantidade delas parecida com a que veríamos de garça-real num passeio equivalente na Ponta da Erva (digo eu). Segundo o guia do passeio que fizemos na véspera, a "alba" é uma espécie do leste da Europa que tem vindo a aparecer cada vez mais por estas bandas ocidentais. Estima-se que em Doñana existam cerca de cinquenta indivíduos.
Também vi vários espécimes de cegonha-preta e de milhafre-real mas não consegui fotografar nenhum em condições.


Aqui está o passeio da véspera. Uma volta de três horas e meia de Unimog, que apenas percorre uma pequena parte da área do parque. Há muito espaço para todos os animais fazerem a sua vida longe dos olhares curiosos dos visitantes. Só as espécies menos tímidas é que se deixam ver: javalis, gamos, cervos.


Há mais imagens neste "set", que provavelmente ainda será actualizado ao longo do próximo dia ou dois.