Não imprima este post! Há cada vez menos árvores

Estou a ficar um bocado sem-paciência para esta "onda verde" acéfala que faz vénia a tudo o que apareça mascarado com as boas intenções ambientalistas (tremo só de pronunciar esta palavra...) e com a promessa de reduzir o aquecimento global. Sempre gostava de saber quantas árvores custa fazer um computador, produzir a electricidade que o alimenta e construir a central onde essa electricidade se produz. E já agora gostava também de saber quanto do papel que há no mundo é que é produzido à custa de árvores que não são plantadas expressamente para esse efeito (aka eucaliptos). Estamos a agredir exactamente que espécies protegidas de árvores quando gastamos uma folha de papel? Pensava que estávamos a contibuir para a economia, garantindo o emprego das pessoas que cuidam dessas árvores, que as abatem, tratam e transportam, que trabalham nas fábricas de pasta de papel e nas empresas de distribuição e comercialização de papel. Eu devo pertencer ao grupo dos que "vêem a garrafa meio cheia". Sou um optimista ingénuo.

Mas para não dizerem que eu sou "dos maus", daqueles que cometem sacrilégios como não separar o lixo e essas coisas, aqui vai a minha proposta para aquele "pequeno gesto" - os adeptos desta religião parecem ser especialmente sensíveis à filisofia do "pequeno gesto" - que vai ajudar a salvar o planeta:
Deixemos de fazer "zapping". Com esse "pequeno gesto", vamos gastar muito menos pilhas nos telecomandos, porque elas gastam-se é quando passamos o fim de semana a dar ao polegar. Você sabia que uma simples pilha é capaz de poluir uma quantidade de água suficiente para uma pessoa consumir durante toda a vida? Até já estou a imaginar o "slogan": Não faça "zapping"! Há cada vez menos água potável.
E é claro que poupar nas pilhas também tem as virtudes evidentes de reduzir as emissões de CO2. Você sabe quantas toneladas de maléfico CO2 são lançadas para a nossa frágil atmosfera para produzir uma "palette" de pilhas AAA? Pois, eu também não, mas são de certeza muitas, porque para o nosso senso comum de pessoas que não trabalham na indústria, tudo o que não couber num balde de vinte litros já parece muito. É por isso que as tabelas que contabilizam as emissões de CO2 dos nossos mais pequenos gestos têm sempre um ar tão assustador. É tudo aos milhares de toneladas.