terça-feira, abril 05, 2005

O todo e a soma das partes

No outro dia fui a uma reunião nas instalações de um cliente, perto do escritório. Estava um conjunto de pessoas a fazer a limpeza do edifício em "rappel", mesmo por cima da minha cabeça e eu gastei meio segundo a pensar que aquilo daria uma fotos giras. Lembrei-me com satisfação de que tinha comigo a máquina fotográfica (estava no escritório) e entrei. Quando a reunião acabou e eu pude ir ao escritório, afinal não me apeteceu sacar a máquina e voltar ao local. Isto porque achei que a situação não tinha potencial para tirar mais do que uma foto interessante (ou algumas variantes da mesma foto interessante, o que para mim é o mesmo).

Ontem, enquanto ia no comboio, este episódio voltou-me à memória e foi quando desconstruí o que se passou dentro da minha cabeça na altura. O que se passa é que eu tenho a mania de pensar nas fotos sempre em termos de conjunto e só muito raramente considero que vale a pena fazer uma fotografia individualmente. Eu sei que é uma ideia um bocado parva, porque dificilmente um conjunto de imagens fracas será interessante fotograficamente, mas é assim que a minha mente torcida funciona. O meu comportamento do outro dia não foi mais que uma consequência desta premissa.

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