sexta-feira, outubro 13, 2006

TFE - Trabalho de Fim de Estágio

Eis o "Soundslide" que prometi. Resolvi juntar o útil ao agradável e para fazer o "proof-of-concept" da apresentação multimédia, compilei uma espécie de "best of" dos trabalhos que fiz durante os três meses de estágio na 4see. E digo "best of" por duas razões. Primeiro, porque cada um destes trabalhos é bastante mais extenso do que aqui apresento. Segundo, porque nem todos os trabalhos correram assim tão bem e pelo menos dois ficaram pelo caminho: um era sobre os comboios da linha do Douro e outro era o já famoso trabalho em diapositivos com objectiva de 50mm.
Algumas das imagens já apareceram algures aqui no XL Men e/ou no Flickr, outras são estreia absoluta no ciberespaço. Vamos lá ver se o "slideshow" corre bem. Espero que não seja muito pesado. Com a minha não-especialmente-rápida ligação não dá problemas.

4see três meses depois
Clic na imagem para ver o "Audioslide".

10 comentários:

onitsuaf disse...

podem criticar a escolha musical à vontade. eu sei que não tem nada a ver com nada. mas eu gosto da música. :P

Luís Flôres disse...

muitos parabéns!!! e agora?

XL Man disse...

Tá fixe. A música está assim um bocado para o televisivo, tipo apresentação das imagens do ano que se vê pela altura do natal/fim de ano... não seria a minha primeira escolha (nem a segunda) mas pode agradar a algumas pessoas. Como deves calcular eu escolheria algo menos dramático. São gostos!
...eu também gosto da música!

Curti as fotos do Douro. Era isso que estava à espera, quer dizer, que gostaria de ver mas ainda não tinhas mostrado!
Souberam-me a pouco... falta ali o resto da história... falta o antes e o depois. Onde está o lagar. Faltam as emoções, o cansaço na cara das pessoas... aquilo assim parece fácil! Não senti o cheiro das uvas nem o o suor dos trabalhadores.

Há umas do futebol que ainda não tinha visto. Nomeadamente os retratos. Gostaria de ver mais daquela menina da bandeira ;-)
Faltam ali umas fotos com mais expressão... faltam as alegrias das vitórias e as tristezas das derrotas... falta o ar de seca das esperas... falta o futebol, atendendo a que todos os 'cromos' do futebol dizem que o futebol é isso, a emoção, a confraternização da comemoração e a partilha do desgosto, etc...

Os bombeiros estão bem, foi pena não teres ido mais lá para o meio do fogo... Falta um bocado de história no quartel, a preparação... e do rescaldo, do regresso.

Não achei muita piada aos dias medievais... mas é falta de gosto minha, não é sobre as tuas fotos.

Gosto bastante do faduncho no eléctrico. Está muito bom, perto da acção. É isto que a malta gosta, perto! eu também gosto. Tudo feito entre os 50 e os 28mm. Estavas ali dentro e não podias fujir, ficou à maneira. Esta reportagem era publicável? Acho que sim.

Os toiros da Moita também estão com pinta, gosto particularmente daquela na arena, sente-se que estavas lá, ali juntos dos gajos! Nesta gostava de ver os camiões com os bichos, a patuscada depois, os moços a beber umas jolas fresquinhas e a contar os feitos... mais uma vez o antes e o depois, se calhar.

O Pego do Inferno está mais artístico, com um cunho mais pessoal, parece-me. Tem ali uns toques na composição que são bem o teu estilo... a história não me diz assim muito, não estou familiarizado com o local ou a sua tradição... fica-me um lago onde os putos se divertem no calor. Provavelmente não é mais que isso, falta o texto!

Senti alguma falta de relacionamento com os sujeitos. Os conjuntos precisavam de mais intimidade para ganharem em força. Não vi ali nenhuma daquelas imagens que nos prendem, que nos fazem voltar atrás as páginas de uma revista...
Não sei se estou certo, isto vindo de quem nunca fez nada do género... nem tem pretensões de vir a fazer...

Desculpa lá bater tanto. Mas como somos amigos, suponho que seja isto que precises de ouvir e não o que queiras ouvir.

Já sabes que não sou adepto da violência e exploração de emoções gratuitas mas é isso que vende (e aparentemente bastante bem). Só sei aquilo que vejo publicado e aquilo que me fica guardado na memória.
Senti efectivamente alguma falta de relação com a acção, a tal falta de intimidade. Percebe-se que não estiveste a pisar uvas nem estiveste nos copos com os trabalhadores da vindima. Percebe-se que não estiveste a ver os jogos com os adeptos da bola... não chamuscaste as sobrancelhas nos incêndios... curioso, no fado há mais proximidade ao tema e ao público... estavas ali enfiado e não te podias esquivar! Nos toiros também já se nota um maior envolvimento, gostei!

Afinal foram só 3 meses. Parece já muito mais tempo desde aquele nosso almoço no Campo Grande, onde me falaste pela primeira nos teus planos loucos de te tornares foto-jornalista.
Parabéns pelo esforço! Continua! Podes sempre contar comigo para te dar na cabeça e criticar as imagens dentro da minha parca sabedoria.

XL Man disse...

Esqueci-me de uma coisa:
tecnicamente estão excelentes. A côr está boa e a medição de luz está no ponto. Mas isso também já tu sabes! ;-)

Anónimo disse...

o xl devia ser crítico fotográfico! tb acho que consegues vender a do fado e preparas-te para escrever um texto: sabes os nomes dos artistas.

desejo-te sorte! e gostava de ver o fado no expresso: é o único que leio (isso e umas merdas económicas que aterram na minha secretária).

hoje tive a primeira aula no ar.co; pareceu-me que o prof. disse muito subrepticiamente que não tenho jeito. vou ter de provar o contrário! e trabalhar mto mais!

quando almoçamos?


jitso

SkinStorm disse...

Como Best Of está muito bom. Não me falta nada porque não era para publicar as histórias todas como tu explicaste. Se tivesses posto tudo o XL iria dizer que era uma seca de centenas de fotos ;) E agora? pergunto eu tb. Ficas? Vais?

SkinStorm disse...

Esqueci-me de dizer que não gosto da música. Muitas raves ultimamente...tenho de começar a usar tampões senão fico alérgica a muita coisa.

Luís Flôres disse...

bom... já todos falam da música tb dou um bitaite: gosto mto desse som, e em certos trabalhos até que fica bem: pêgo do inferno e toiros (por falar em pêgo do inferno estranhei não ver as fotos que estão na 4see, pelo menos uma: não pudeste ou não quiseste?

Anónimo disse...

Ai que vaidoso estou do meu Tininho!

Ainda bem que falta sempre alguma coisa, é sinal de inconformismo e dedicação. E a evolução nestes três curtos meses foi sempre para cima.

Vai para a rua fotografar!
Pêro Pinheiro

onitsuaf disse...

Eu no post disse que "cada um destes trabalhos é bastante mais extenso do que aqui apresento" pelo que a SkinStorm concluiu que "Se tivesses posto tudo o XL iria dizer que era uma seca de centenas de fotos". Na verdade nem todos os trabalhos são muito mais extensos do que aqui apresento, ou seja, o que eu disse não é totalmente correcto. E depois, como aliás já tive oportunidade de discutir com o XL por outros canais, há trabalhos em que tenho (muito) mais imagens, mas que não adiantam muito mais em termos de informação: aquela edição de oito imagens resume o essencial da coisa. Nesse sentido, alguns dos trabalhos não são muito mais extensos mesmo.
Algumas notas adicionais:
O trabalho do Pego do Inferno tem mesmo mais situações do que as que aqui apresentei, e o dos fados também.
No caso do trabalho dos bombeiros, talvez houvesse mais história, porque eu de facto tenho imagens com o "back-office" dos incêndios e algumas (não tão boas) com a vida deles no quartel quando não está a contecer nada. Mas fogo mesmo, não tenho muito mais, porque enquanto lá estive só apanhei rescaldos e não incêndios mesmo (o que é falha minha: significa que divia ter lá ficado mais tempo ou ido lá mais vezes).
No caso da vindima, tenho apenas mais do mesmo: gente a cortar cachos de uva e a acartar os "barricões". Não há lagar nem pisa nem essas coisas. O XL diz que "aquilo assim parece fácil". Pode ser quase herético dizer isto, mas foi o que eu achei. A palavra "fácil" é um bocado forte demais, mas não fiquei nada com a ideia de aquilo ser a dureza extrema que provavelmente já foi noutros tempos. Os "barricões" pesam trinta quilos e o sol aperta, é verdade. Mas os tractores estão mesmo ali ao lado e o pessoal pode usar chapéu se quiser. Não achei aquilo especialmente difícil quando comprarado com outros trabalhos "braçais" e a prova disso é que as pessoas com quem estive passavam o dia a trabalhar num ambiente razoavelmente bem disposto e a dizer piadas. Claro que não é um "passeio no parque" mas parece-me que aquela imagem de "sangue suor e lágrimas" é muito romantizada pelos "media". (E sempre ajuda a justificar que as garrafas de "vintage" custem cinquenta euros...)
O trabalho do futebol, acabei por incluí-lo no resultado final por ter algumas imagens giras. Mas não tem muito a ver com a ideia original, que era mostrar os adeptos das várias selecções que têm comunidades em portugal (Ucrânia, Angola, Brasil, etc). O que está ali são quase só os adeptos portugueses.

No fundo é como diz o "Pêro Pinheiro": a constatação das falhas e a vontade de as superar é o que nos empurra para a frente. (Não foi bem isto que ele disse, mas pronto...)

Só para acabar, que a conversa vai longa e eu tenho que ir para a rua fotografar :P
As reacções à música foram mais suaves do que eu estava à espera... Mas não ia pôr um faduncho no trabalho sobre o fado e um fandango no trabalho sobre os touros, pois não? Demasiado "in your face"! Enfim, o "Firestarter" num trabalho sobre os bombeiros também têm o seu quê do irónico e é a música que eu usava para desstressar nos tempos em que tinha um emprego "a sério" - sete vezes ao dia, se calhar foi por isso que desisti ;^)

Obrigado pelas reacções entusiásticas. E agora? (Boa pergunta...)